sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Presença de um Cientista Polar na nossa Escola




No próximo dia 19 de Novembro, pelas 11h, no Auditório da Escola Neves Júnior, vamos ter a presença do Cientista Polar José Xavier .
Que fantástica surpresa!
Lá estaremos todos, do 7ºB e do 7ºD, muito atentos!
Dispostos a paritilhar deste acontecimento tão importante!
Afinal, não é todos os dias que temos a oportunidade de conversar com um autêntico cientista!
E ainda por cima, um cientista que até já esteve em terras polares!
Já imaginaram???



A sessão a que vamos assitir, vai ser subordinada ao "Tema Polar":

"Porque é que os ursos polares não comem pinguins?"

Vão estar presentes os alunos do 7ºB e do 7ºF, acompanhados dos respectivos professores.

O desafio é:

Porque será??????




Portugal participa pela primeira vez, num Ano Polar Internacional, um programa científico e educativo centrado no Árctico e na Antártida que envolve milhares de investigadores de mais de 60 países.




O cientista José Xavier integra o comité português.


José Xavier é doutorado pela Universidade de Cambridge, Inglaterra e actualmente é investigador pós-doutoral do Centro de Ciências do Mar, Universidade do Algarve.
Biólogo marinho com numerosas publicações na área da ecologia, conservação e gestão de recursos marinhos no Oceano Antárctico, Oceano Atlântico, Reino Unido e Portugal.
Faz investigação na Antárctida desde 1997.
O seus estudos mais recentes focam a ecologia de cefalópodes em relação aos seus predadores e pescas no Oceano Antárctico e em águas europeias. É um dos investigadores portugueses que desenvolve trabalho científico na Antárctida e pertence ao Comité para o Ano Polar Internacional, um programa científico e educacional sobre as regiões polares que se iniciou a 1 de Março de 2007.



No programa participam mais de 15 cientistas portugueses de nove centros de investigação e universidades, "As regiões polares são excelentes para investigar questões fundamentais como o aquecimento global do planeta, os efeitos das alterações climáticas nos ecossistemas terrestre e marinho, o buraco do ozono ou o aumento dos níveis médios da água do mar" - afirmou José Xavies, "É ciência polar, mas com um impacto global", sublinhou.
Os cientistas portugueses envolvidos no programa investigam em áreas que vão desde as ciências biológicas às ciências da terra e criosfera, ciências atmosféricas, planetárias e astronomia, em instituições como o Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve e o Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, e as Universidades do Porto, Coimbra, Évora e Açores, referiu. "É uma grande oportunidade que Portugal vai ter para credibilizar a excelente ciência realizada pelos seus cientistas nas regiões polares, onde pela primeira vez teremos uma voz em comités e projectos internacionais", disse o investigador.
O programa, que se estende até Março de 2009 com dois ciclos anuais, para dar igual cobertura aos dois hemisférios, servirá para "identificar Portugal como país a fazer ciência nessas regiões".

O programa tem também uma vertente educativa, a que foi dado o nome de "LATITUDE60!", patrocinado pela Agência Ciência Viva, que tem como objectivo principal educar e sensibilizar as gerações mais jovens sobre as regiões polares e mostrar-lhes a sua importância para a dinâmica e regulação climática do planeta.
O "LATITUDE60" inclui um conjunto de actividades durante os próximos dois anos que envolve várias disciplinas, desde as ciências exactas às sociais, às línguas, às artes e ao desporto.


Desta estratégia faz parte, no plano político, a assinatura por Portugal do Tratado da Antártida, na sequência do primeiro passo dado com a adesão portuguesa ao Comité Científico para a Investigação Antárctica (SCAR), referiu José Xavier, que é investigador no Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve.
Passados 50 anos sobre o último Ano Polar Internacional (1957/58), o terceiro depois dos de 1932/33 e 1882/83, Portugal terá assim a sua primeira oportunidade de participar, como país, na investigação e conhecimento das regiões mais frias do planeta.
Até agora, e nos últimos 30 anos, os investigadores portugueses de ciência polar publicaram mais de 50 artigos científicos em revistas da especialidade, em colaboração com equipas internacionais.
Em síntese, o API - que é coordenado pelo Conselho Internacional para a Ciência e a Organização Meteorológica Mundial - fará o diagnóstico da situação ambiental actual das regiões polares e aprofundará o conhecimento das alterações ambientais e sociais nelas ocorridas, de modo a melhorar as projecções das alterações futuras. Outro dos temas do programa é fazer avançar a compreensão, em todas as escalas, das ligações e interacções entre as regiões polares e o resto do planeta, e dos processos que controlam essas ligações.
Investigará também as fronteiras da ciência nas regiões polares, aproveitará a vantagem única da posição dessas regiões para melhorar a observação do cosmos e estudará os processos culturais, históricos e sociais que garantem a sustentabilidade das sociedades humanas circumpolares, identificando assim as suas contribuições únicas para a diversidade cultural e a cidadania global. José Xavier, adiantou que os seus aspectos mais relevantes serão "realizar ciência de excelência, fortalecer e consolidar as colaborações internacionais, estabelecer as bases para um programa polar português e permitir o desenvolvimento de métodos e técnicas testados nas regiões polares que possam ser aplicadas em território e águas portuguesas".
A propósito, referiu um equipamento desenvolvido por investigadores das Universidades de Évora e Bolonha (Itália) para medição do ozono na atmosfera que irá ser utilizado na Antártida, bem como técnicas de ecologia e gestão de pescas usadas naquela região polar com aplicação em águas nacionais.

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